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Retorno ao lar


Décimo quinto dia
Quarta feira, 17 de fevereiro de 2010
De Buenos Aires (Argentina)
A Colônia del Sacramento, Montevidéu e Piriápolis (Uruguai)
Distância: 290 km
Cruzando o Rio da Prata
Eu e o Lebai acordamos cedo e sem tomar café rumamos para o terminal do Buquebus, 


 


Eram 9 horas quando lá chegamos, nos sobravam ainda 30 minutos para providenciar os trâmites no setor de migração, antes da partida do barco, porém, aquilo que receávamos aconteceu: quando da nossa entrada na Argentina a alguns dias atrás, não recebemos o carimbo de entrada no país, em Paso Mamuil Malal, o funcionário da aduna daquela fronteira nos assegurara que nossos registros estariam no sistema informatizado da Argentina. Agora seus colegas nos pediam o tal carimbo para poder sair do pais, estávamos perdendo preciosos minutos tentando explicar o ocorrido quando nos informaram que precisávamos pagar uma multa de 25 dólares por não termos o carimbo, puxa vida! Mais um “achaque”! Expliquei então a situação ao encarregado do setor que, finalmente achou nossos registros no tal sistema informatizado e nos liberou, se não fosse essa confusão burocrática poderíamos estar tomando um belo lanche antes de embarcar.
 



Corremos em direção às motos, posicionamos as mesmas na bodega do barco, e ao nos acomodarmos nas confortáveis instalações do Buquebus tivemos a grata surpresa de encontrar nosso companheiro Jardel, aquele que havia se separado do grupo lá em Temuco, no Chile. 



                        

                                                                                  Rio da Prata (Argentina/Uruguay)

Após três horas de travessia pelo Rio da Prata chegamos a Colonia del Sacramento, no Uruguai, no desembarque fomos recebidos pelo Fernando, Thiago e Fábio, que haviam chegado aqui no dia anterior e  agora nos esperavam para seguirmos para Montevidéu. 

                                                         
       Colonia del Sacramento - Uruguay










Fiz um pequeno turismo pela cidade e em seguida pegamos a estrada. Passamos por Montevidéu e pernoitamos em Piriápolis, bela cidade praiana no litoral uruguaio.

                                               Montevidéu -Uruguay


                                               Piriápolis - Uruguay




 
                                            Forte Santa Teresa - Uruguay







      Punta del Diablo - Uruguay



Décimo sexto dia
Quinta feira, 18 de fevereiro de 2010
De Piriápolis (Uruguai) ao Chui (Brasil)
Distância: 290 km
Compras no Free Shop
      Hoje estamos indo para a fronteira do Uruguai com o Brasil, o Japa ainda não conseguiu consertar a suspensão de sua moto, pois em Buenos Aires as peças de reposição levariam 15 dias para vir do Brasil, além do mais continuava preocupado em cumprir o prazo para chegar em São Paulo, preferiu então voltar para casa numa “tocada mais forte”, o Fernando e o Thiago fizeram companhia a ele pois também tinham dificuldades com o prazo de chegada. O Jardel achou melhor seguir por outro caminho para chegar a Novo Hamburgo, no Rio Grande do Sul. Eu e o Lebai tínhamos mais tempo disponível e por esta razão viemos numa tocada mais tranqüila, tivemos a oportunidade de conhecer a praia de Punta del Diablo e depois visitar o Forte Santa Teresa. À tarde já estávamos no Chuy, cidade uruguaia que faz fronteira com a Chui brasileira, ali existem inúmeros free shop que oferecem diversos produtos a preços bem mais em conta, aproveitei a oportunidade e comprei mais alguns presentes e lembranças.





Décimo sétimo dia
Sexta feira, 19 de fevereiro de 2010
De Chui a Porto Alegre (Brasil)
Distância: 530 km
Em casa novamente
        Ontem não consegui comprar tudo que pretendia, decidi então ficar mais um pouco no Chui e comprar o que faltava nesta manhã, como o Lebai pretendia passar direto por Porto Alegre e seguir para sua casa de veraneio na praia de Capão da Canoa, combinamos em nos separar nestes últimos quilômetros.
       Este último dia de viagem foi um pouco diferente dos anteriores, pois agora estava sozinho e quase em casa. Os primeiros quilômetros rodados foram dentro da Reserva Ecológica do Taim, um santuário da vida animal bem ao sul do Rio Grande do Sul, neste trecho a velocidade máxima permitida é de 60 km/h, para preservar a vida neste lugar, aproveitei o momento para fazer uma retrospectiva da viagem, estava eu ali, dentro do capacete, um pouco mais magro, cansado, mas com a alma fortalecida e as “baterias recarregadas”, havia finalmente realizado um dos meus sonhos, o Projeto Puente del Inca havia finalizado com um belo resultado positivo, foram dezessete dias de muita, mas muita estrada mesmo, as vezes rodando mais de 800 km, do inicio da manhã até o meio da noite, perdi as contas de quantas vezes paramos em postos de combustíveis e lugares para fotografar, conhecemos outros povos, vimos as mais variadas paisagens, desertos, cordilheiras, picos nevados, vulcões, oceano, diferentes odores. Os pequenos problemas surgidos durante esta aventura não foram significativos se comparados com o valor que cada um de nós agregou a sua história pessoal ao realizar este sonho.
      Já em casa, no aconchego do lar e nos braços da família, eu e “La Negra descansávamos, ela com 6.554 km a mais e eu com um “balaio” de história para contar!
      Porto Alegre - Brasil













Motoviagem ao Chile (1ª parte) Porto Alegre (Brasil) a Mendoza (Argentina)

2ª parte - Mendoza (Argentina) a Viña del Mar (Chile)

3ª parte - Viña de Mar (Chile) a Pucón (Chile)

4ª parte - Pucón (Chile) a Porto Alegre (Brasil)