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Aconcágua



Quinto dia
Domingo, 07 de fevereiro de 2010
De Mendoza a Villavicencio e retorno a Mendoza
Distância: 100 km
Um passeio em Villavicencio
      No dia anterior, algumas pessoas nos aconselharam fazer um passeio a Villavicencio, lugarejo a 50 km de Mendoza, encravado na pré-cordilheira andina, ótimo para praticar eco turismo.
Pela manhã bem cedo já estávamos prontos, o dia prometia ser muito quente, passamos protetor solar e com roupas mais leves e sem bagagem pegamos a estrada novamente, já nos primeiros quilômetros rodados era grande a alegria em avistar de perto a grande cadeia de montanhas a nossa esquerda e o deserto a perder de vista a nossa direita, a estrada era uma imensa reta que se confundia com o horizonte distante, ao chegarmos a um pequeno povoado entramos em uma estradinha, inicialmente asfaltada e mais adiante com terra e muitas pedras que serpenteava pelas montanhas carecas. O lugar era realmente fantástico, oferecendo uma bela visão panorâmica aos visitantes. Ao alcançarmos os 2.700 metros de altitude resolvemos retornar para evitar de sermos pegos pela noite e pelo frio. No finalzinho da tarde já estávamos novamente em Mendoza, para amanhã o dia promete, pois estaremos cruzando a grande cordilheira em direção ao país de Pablo Neruda.
Sexto dia
Segunda feira, 08 de fevereiro de 2010
De Mendoza (Argentina) a Viña del Mar (Chile)
Distância: 440 km
Puente del Inca e Aconcágua
       Eis que chega um dos dias mais esperados pelo grupo, quando cruzaremos a Cordilheira dos Andes, eu venho sonhando com isso a muito tempo e finalmente chegou o grande momento. Saímos de Mendoza bem cedo, ainda estava escuro quando subimos nas motos, deixamos para tomar o café na estrada para evitar qualquer atraso, porém nossa saída foi meio atrapalhada, pois demoramos um pouco para encontrar o acesso a Ruta 7, uma via internacional que liga a Argentina ao Chile. Após alguns quilômetros rodados desnecessariamente enfim chegamos a auto-estrada, logo no início paramos para abastecer e tomar café e em seguida estávamos apontando nossos faróis para a grande cadeia de montanhas.
      A medida que rodávamos a emoção e o frio aumentavam, o dia estava ideal para pilotar na cordilheira, eu sentia um misto de admiração e felicidade naquele momento pois era impressionante a visão das montanhas, algumas com picos nevados, procurava manter a atenção na estrada mas sem perder os detalhes da paisagem, e que paisagem! Quando me dei conta estava rindo e falando sozinho dentro do capacete, acho que era o efeito do frio e da altitude, hehehe. Paramos em Uspallata, pequeno povoado a beira da estrada para abastecer e fazer algumas fotos, a partir deste ponto estávamos ingressando na cordilheira.





      A medida que subíamos minha moto ia perdendo potência e falhando, certamente em razão do ar rarefeito atuando no sistema de alimentação, precisei conduzi-la com muito cuidado, sem utilizar a última marcha, o motor só voltou a funcionar corretamente no outro lado da cordilheira, a baixa altitude.



























Rio Mendoza

















     Mais uma parada, agora em Puente del Inca, onde era possível avistar uma formação rochosa com aspecto  de ponte sobre o rio las Cuevas, que outrora servia de travessia para os Incas, 
 

compramos algumas lembranças na feira de artesanato e seguimos para o Parque Provincial Aconcágua, alguns quilômetros mais adiante. Ali mais um show da natureza: o pico do Aconcágua, com seus 6.956 metros acima do nível do mar era de uma beleza impressionante.
























De volta a estrada a atração agora era a sequência de túneis até chegarmos ao paso de los Libertadores, pelo túnel Cristo Redentor entramos em território chileno, a partir daí chegamos a los Caracoles, uma sequência de curvas montanha abaixo, em Los Andes paramos para almoçar e então por volta de 21 horas estávamos a 2.670 km de casa,  a beira do Oceano Pacífico.





























































      Viña del Mar é uma cidade litorânea  de porte médio, mas por ser temporada de veraneio está abarrotada de turistas de todas as partes, entramos na cidade em meio a um transito muito louco, tínhamos que achar um lugar para dormir. Cansados e empoeirados seguimos um táxi que nos conduziu a um albergue, para o dia seguinte a idéia é trocar o óleo das Honda Falcon e depois seguir para o sul do Chile.

Motoviagem ao Chile (1ª parte) Porto Alegre (Brasil) a Mendoza (Argentina)

2ª parte - Mendoza (Argentina) a Viña del Mar (Chile)

3ª parte - Viña de Mar (Chile) a Pucón (Chile)

4ª parte - Pucón (Chile) a Porto Alegre (Brasil)