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Projeto da Viagem

Projeto Puente del Inca

Relatos sobre uma Moto Viagem ao Chile
Fevereiro de 2010
introdução
           Durante vários anos venho cultivando o sonho de cruzar a cordilheira andina de moto, quero entrar no Chile e mergulhar no oceano Pacífico, agora, após um ano pesquisando e me preparando, finalmente estou pronto para esta aventura, separei de 15 a 20 dias de minhas férias para poder realizar este projeto, meus planos são: Sair de Porto Alegre-RS e seguir em direção ao noroeste do Uruguai, atravessar a Argentina de leste a oeste, por Mendoza alcançar a Cordilheira dos Andes onde poderei avistar o Pico do Aconcágua, entrar no Chile e ir a beira do Pacífico para um memorável mergulho em suas águas, seguir então pela ruta Panamericana até Pucón, na região dos lagos, para escalar o vulcão Villarrica, mais tarde, cruzando a fronteira andina pelo passo Mamuil Malal entrar na Patagônia argentina rodando por um trecho da lendária Ruta 40, rasgar a desértica Província de La Pampa, e ao chegar a Buenos Aires, transpor o Rio La Plata de barco para então conhecer Colônia del Sacramento e Montevidéu, no Uruguai. Bem simples! Calculei rodar uns 6.500 quilômetros neste período de tempo, numa proeza diária de 500 a 700 quilômetros em média, quando alcançarei o ponto mais ao sul desta viagem: a Patagônia argentina.
       Denominei esta aventura de Projeto Puente del Inca, em referência a uma formação rochosa existente na cordilheira, utilizada em tempos primórdios como travessia pelos Incas, gostei do nome, é bem significativo. No início, a idéia era fazer esta aventura sozinho, pois alguns amigos haviam desistido, porém outros motociclistas mostraram interesse em participar.
       Formei então um grupo com sete pessoas: cinco gaúchos, um paulista e um mineiro, as motos eram quatro Honda Falcon NX4, duas Yamaha XT 660 e uma Yamaha XT 600. De Porto Alegre-RS: eu (Sérgio), o lebai e o Paulo, de Novo Hamburgo-RS: o Jardel, de Pelotas-RS: o Fernando, de São Paulo-SP: o Fábio (Japa) e de Belo Horizonte-MG o Thiago (mineiro)





         "La Negra", minha Honda Falcon NX4, estava revisada e pronta, deixei para trocar os pneus durante a viagem, pois no Uruguai os preços eram bem mais em conta. Para transportar as bagagens levei um bauleto de 45 litros e um par de alforjes, que mais tarde tive que modificar seu posicionamento na moto, pois o mesmo criava um grande arrasto aerodinâmico, adaptei também um suporte ao guidon, para o GPS e outro para a câmera digital, para a transmissão criei um sistema semi-automático de lubrificação da corrente, que poderia ser acionado mesmo com a moto em movimento.
        Levei os seguintes documentos: célula de identidade, atualizada, certificado de propriedade da moto, no meu nome, seguro da moto, seguro carta verde, carteira nacional de habilitação, certificado internacional de habilitação, cartão de crédito internacional, certificado da Anvisa de vacinação contra a febre amarela e dólares.
        Para a navegação: um GPS Garmin Vista HCx, à prova d’agua e mapas rodoviários do Uruguai, Argentina e Chile.

Motoviagem ao Chile (1ª parte) Porto Alegre (Brasil) a Mendoza (Argentina)

2ª parte - Mendoza (Argentina) a Viña del Mar (Chile)

3ª parte - Viña de Mar (Chile) a Pucón (Chile)

4ª parte - Pucón (Chile) a Porto Alegre (Brasil)